quinta-feira, 4 de julho de 2013

e do nada, tudo mudou.

O meu quarto tornou-se o meu refugio, fora dele nada é seguro.
Já nada faz sentido, apenas o meu quarto trancado e escuro.
É nessa escuridão que eu me encontro, sozinha,
A pensar naquilo que já não tenho, naquilo que tinha.
Assim tenho estado, noite e dia,
Agarrada ao pensamento, agarrada a esta nostalgia.
Continuo a escrever, ao meu caderno eu sou fiel,
É tudo o que eu tenho, cadernos e lenços de papel.
Têm sido os meus melhores amigos, neste momento,
Os únicos que vêm e entendem todo o meu sofrimento.
Deixei de lado o tabaco e o x-acto,
Já me ajudaram, mas eu não preciso deles de facto.
Já me magoaram muito, não necessito deles para mais nada,
Preciso de ficar só, só eu e a minha almofada.
Esta está encharcada, está farta de tanta dor,
Mas eu fico com ela, isolada do mundo existente em meu redor.
Sair não quero, falar nem me apetece,
Não quero saber de mais nada, muito menos do que lá fora acontece.
Estou bem aqui, deitada com a caneta na mão,
Ela dança na folha transmitindo o que vai no meu coração.
A mágoa, junta com a tristeza e a agonia deixaram tudo quebrado,
A força que já não existe fez com que tudo ficasse danificado.
Comida já não quero,  é-me indiferente,
Comer eu não como, nem muito nem o suficiente.
Todos os dias me pedem para do meu quarto eu sair,
Dizem-me que dos problemas não posso fugir.
Eu quero seguir, quero estar bem,
Mas sinto falta de algo, sinto falta de alguém.
Estou magoada também, tão cedo não vou dar o braço a torcer,
Porque quem prometeu amar-me, decidiu esquecer.
Não só a mim, a tristeza e a felicidade que existia,
Se não me queres, desiste e até um dia. 

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